Dois

Prosas e Poesias, Cerejas e Mares

Pulmões
Não sei se preciso de ar puro se de uma coluna que não dobre perante esta realidade.

 

“Eu falo, falo, mas quem me ouve retém somente as palavras que deseja. Uma é a descrição do mundo a qual tu emprestas a tua bondosa atenção, outra é a que correrá pelos campanários de carregadores e gondoleiros, nas margens do canal diante da minha casa, no dia do meu retorno. Outra ainda a que eu poderia ditar em idade avançada, se fosse aprisionado por piratas genoveses e colocado a ferros na mesma cela de um escriba de romances de aventuras. Quem comanda a narração não é a voz, é o ouvido.”

Trecho da fala do personagem Marco Polo no livro de Ítalo Calvino chamado “As cidades invisíveis”.

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