Dois
Prosas e Poesias, Cerejas e Mares
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Categoria: Mares
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Rendi-me às tuas palavras, De cavalo a galope direito ao sol. Eu fechei os olhos, para ver se conseguia ver alguma coisa. Só um gesto. Uma sombra. Rendi-me ao longe e ao distante. Mesmo que tudo volte a ser poema e noite, Orquídea branca de tanto querer. Não tenho mais estrada Mais força. A noite…
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Agora é o tempo dos desertos por dentro das pedras. Noites de mar olhos distanciados de nada. É o tempo da mentira. É o tempo grande de estar cansado, inventar paisagens. Pedir-te que me olhes e me aceites me percorras me invadas me pressintas. O amor é feito de pequenos caminhos, de reentrâncias, de pequenos…
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Que vaga é esta, que me engole, que me deixa sem ar, sem ver. É alta, enorme, como um enorme muro que vem esmagar-me. Eu sem saber donde, porquê e quando surgiu. Deixo-me afogar. É um afogar em que não morro. Simplesmente parece que fico imobilizado. Enterrado para sempre, mas vivo, de olhos abertos, sem…
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Pois meu amor. Eu ando às voltas com a esperança, ou a sua ausência. Onde ainda a encontro. Onde já a perdi. Não é fácil resistir quando o problema é global, sistémico e sem um líder conhecido. Tudo se torna confuso e a sobrevivência torna-se uma arma que me querem fazer usar. Penso onde moram…
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Nossa voz que vem de longetem ecos de multidãoouvem os vivosdos mortospalavras que serão ditaspor bocas que ainda não são. Fernando de Macedo
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Todas as coisas se podem comprar. Mas nem todas estão à venda. Houve um tempo que passámos a atribuir um valor a tudo. Já o fizemos até com as pessoas, com a escravatura. E agora? Privatizamos a água? É legitimo? E o ar? Será legitimo? Deixarei uma pegada ecológica, e também uma pegada humana, no…
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Enquanto uma árvore cortada valer mais que uma árvore viva, a sustentabilidade ambiental não é possivel. O valor atribuido, ou por vezes até percepcionado, influência decisões. Num mundo onde a economia domina, tudo tem um valor. Qual o valor do ar puro? De um rio de águas límpidas? Qual o valor a pagar se houver…
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Não tenho conseguido escrever e nem sei porquê. Voltei aqui para ter a certeza que ainda existia. E até leio algumas coisas que cá coloquei. Tão distantes e tão minhas. Estive para te perguntar qual era a palavra, uma só, que dirias para me definir. Mas nem isso fiz por pudor ou por respeito. Alguns…