Dois
Prosas e Poesias, Cerejas e Mares
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José Emilio Pacheco Crítica da poesia Eis aqui a chuva igual e as suas ervas daninhas O sal, o mar desfeito… Apaga-se o anterior e logo se escreve: Este mar convexo, os seus enraízados e migratórios costumes, já serviu algumas vezes para se fazer mil poemas. (A cadela infecta, a sarnosa poesia, variedade risível da…
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Tanto tempo sem escrever. O músculo torna-se flácido. Uma espécie de agonia que ao mexer dói. Agora tento pôr um pé á frente. Depois arrasto o outro. Em esforço. Seguro-me a ti. Dás-me a mão. Somos “Dois”.
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“Aquilo que se chama terrorismo insere-se na alteração estrutural da opinião pública na era da mediatização total. Quem quisesse realmente combater o terrorismo teria de cortar as suas raízes, que mergulham no fascínio que os comediantes do terror e o seu público sentem relativamente à morte – e isso seria chocar com as leis do…
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Nunca o amor de um pai deixará escolher as palavras que se oferecem a uma filha. E mesmo que que elas se recolhessem seria impossível dar-lhes ordem. Sentido e sentimento. Emoção que se enrola às lágrimas e aos sorrisos. Lembranças que se espetam como estacas em cada segundo que já viveram. Balões de futuro que se deixam soltar num abrir…
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Exmo. Senhor Primeiro Ministro Hesitei muito em dirigir-lhe estas palavras, que mais não dão do que uma pálida ideia da onda de indignação que varre o país, de norte a sul, e de leste a oeste. Além do mais, não é meu costume nem vocação escrever coisas de cariz político, mais me inclinando para o…
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«Sempre imaginei que a história da minha vida, se e quando a escrevesse, teria uma primeira frase grandiosa: uma coisa lírica como “Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade”, de Nabokov; ou, caso eu não tivesse queda para o lírico, então uma coisa epopeica como “Todas as famílias felizes são iguais, mas as…